sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Memórias de chuva


Chove e chove aqui. A minha mãe adoraria tudo isso, relâmpagos e trovões dos mais ruidosos e iluminados. Aprendi com ela a gostar de ver a chuva, a ficar sentada no escuro contemplando os trovões e relâmpagos em Pernambuco. 

De dia, a navegar em poça d’água barquinho de papel; depois das cinco, a sentar na calçada com cadeira e sombrinha – uma excentricidade nem sempre permitida; isso eu aprendi mesmo sozinha. O povo me olhava como bicho raro, e eu sem entender nada. O mundo e suas convenções. Vivendo e desaprendendo.

Um comentário:

Brenno disse...

Olhando as poças que se formam com a água da chuva, refletimos. Com alguma sorte, vivemos e aprendemos. Chuvas de memórias.