domingo, 21 de agosto de 2005
Nascimento...
Hoje senti que tem coisa aqui dentro. Ouvi meu coração bater ao ouvir, bem de perto, um outro coração que batia. E desse bater de coração fez nascer saudade. Saudade quando nasce é muito bom. Tomara que ela cresça e cresça, mas que seja sempre sufocada pela presença pulsante do coração que ouvi bater, bem de próximo, neste hoje...
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9 comentários:
Espero que o seu coração continue a bater forte...Não de pânico, como hoje; não de saudades, como outrora; nem de solidão, como agora. Que o teu coração bata sempre o compasso da misericórdia, que sempre exercestes, o da amizade, que sempre cultivastes, e do amor, pelo qual anseias. Beijo grande.
Um outro comentário que surge sob o risco de passar despercebido. Desta vez, não falarei. Não direi nada. O comentário ficará aqui, como se brotasse do silêncio apenas porque sim, flor que nasce longe dos olhos, perfurando o ar deserto, desinteressada, desconhecida.
Quando menos esperamos, sabemo-nos Midas: sem querer, o que tocamos vira ouro... Não nascemos, aqui, outra vez?
SIM-não, SIM-não, SIM-não. E se, SIM-não, o coração ecoa o próprio bater? E se, após o sim, o eco abafa o não-SIM? Eco ou resposta?
E se?
Esse bater e pulsar sempre existiram. Bastava isso: você parar para escutar e sentir outros corações, o seu, os outros seus dentro do seu, o seu dentros dos outros, tudo em um compasso mágico...
Saudade quando nasce é muito bom;
Saudade sempre nasce.
Saudade nasce sempre suicida,
Saudade sempre nasce saudade.
Acalanto
Os alvos fantasmas do dia
Já foram, há tempos, embora;
A noite desceu e, sombria,
Calou com o frio as horas.
Escuta, ainda assim, pequenina,
Os passos do tempo, lá fora;
É o gélido vento que nina
Teus sonhos na noite que aflora.
No entanto, não temas, menina;
Descansa tranqüila, agora:
É sempre das noites mais frias
Que nascem as mais belas auroras.
:)
Dizem que foi num dia de maio que nasci. Mas eu afirmo que não!
Nascer é mais que dar aquele grito de dor, ar entrando pelos pulmões pela primeira vez. Muito mais.
Não, meu corpo pode ter nascido em maio... Mas eu demorei muito tempo mais para nascer!
Nascer é brotar do silêncio!
este poema... Acalanto!
Um dia aprendi- e como aprendi nestes dias!- que saudade não é ausência. É a presença mais querida. E por isso, plenamente!
Todos dizem, diuturnamente:
" morro de saudades!".
Eu digo:
" Vivo de saudades!"
Queen Mab,
Como se a vida não fosse um fluxo contínuo, mas uma sequência de saltos ritmados, nascemos a cada batida do coração, a cada SIM um 'não' é anulado, perdido no não-ser, e somos. A cada SIM, nascemos do silêncio que o outro SIM deixou.
É um milagre que não cantemos.
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